segunda-feira, 28 de maio de 2012

A Roupa do Rei

Era uma vez um tão vaidoso de sua pessoa que só faltava pisar por cima do povo. 
Certa vez procuram-no uns homens que eram tecelões maravilhosos e que fariam 
uma roupa encantada, a mais bonita e rara do mundo, mas que só podia ser
 enxergada por quem fosse filho legítimo. 
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O rei achou muita graça na proposta e encomendou o traje, dando muito 
dinheiro para sua feitura. Os homens trabalharam dia e noite num tear 
mágico, cozendo com linha invisível, um pano que ninguém via. 
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O rei mandava sempre ministros visitarem a oficina e eles voltavam
 deslumbrados, elogiando a roupa e a perícia dos alfaiates. 
Finalmente, depois de muito dinheiro gasto, o rei recebeu a tal 
roupa e marcou uma festa pública para ter o gosto de mostrá-la ao povo. 
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Os alfaiates compareceram ao palácio, vestindo o rei de ceroulas, e
 cobriram-no com as peças do tal traje encantado, ricamente 
bordado mas invisível aos filhos bastardos. 
A Roupa do Rei

O povo esperou lá fora pela presença do rei e quando este apareceu
 todos aplaudiram com muito entusiasmo. Os alfaiates, aproveitando
 a festa, desapareceram no meio do mundo.
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O rei seguiu com o cortejo, mas, atravessando uma das ruas pobres da cidade, um menino gritou:
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- O Rei está de ceroulas!
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Todo mundo ali presente reparou e viu que realmente o rei 
estava apenas de ceroulas. Uma grande e entrondosa vaia 
foi o que se ouviu. O rei correu para o palácio morto de vergonha.
 Desse dia em diante corrigiu-se seu orgulho. E enquanto durou 
seu reino foi um rei justo e simples para o seu povo. 

A Roupa do Rei

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